domingo, 8 de março de 2009

Mulher, eis o milagre da vida


Hoje, dia Internacional da Mulher, a alegria da data me faz recordar “Juno”, filme dirigido por Jason Reitman e escrito por Diablo Cody, narrado numa perspectiva feminina conta a história de uma adolescente que engravida do seu melhor amigo.

Com meu olhar também feminino, deslumbrei-me com o melhor das personagens Mulheres deste drama. Não foi só a Juno a responsável pelas minhas lágrimas. As Mulheres do filme me comoveram.

A Juno é uma menina linda, decidida, expressiva nos gestos e nas palavras. A curiosidade de se tornar mais mulher a fez entregar-se ao melhor amigo. Afinal, ele era lindo, amigo e seu beijo tinha gosto de tic-tac. No fundo ela gostava muito dele, mas não tinha certeza do que sentia.

Então entra uma segunda mulher, a fiel amiga de Juno, que além de questionar a amiga sobre seus verdadeiros sentimentos pelo garoto tímido da escola; o que contribui para que Juno se declare para ele; em nenhum momento julgou, condenou ou deu palpites nas decisões da amiga, mas apoiou, acolheu, amou, ajudou a contar aos pais de Juno e curtiu cada momento do parto.

“As crianças querem viver!!!” uma pequena-grande mulher gritava em meio a angústia e desespero de outras mulheres, na esperança de que elas decidissem pela vida. Que bom que os bebês ainda no ventre das mães já tenham unhas! Mais do que isto: Têm vida!!!

A madrasta de Juno foi mais do que mãe, foi mãe sendo madrasta, foi amiga, advogada. Acolheu, protegeu, amou. Ter ou não ter o filho era uma decisão apenas da protagonista, restou a ela tomar as decisões para que a gravidez fosse saudável e tranquila.

Vanessa, a mãe adotiva, junto com Juno, a grande mulher da história. Sonha com a maternidade, acredita na vida e na felicidade. Confia em Juno e aposta que será de fato mãe. Prepara o seu ninho e seus carinhos. O grande desejo de tornar-se mãe gera solidariedade e confiança em Juno. Por isso a menina-mãe não pode voltar atrás.

Não consigo olhar todas essas atitudes como certas ou erradas, mas somente como desejo de tornar a vida do outro melhor, mesmo que não fosse o melhor a ser feito. A intenção era o bem.

Uma menina mulher defensora da vida percebe que fez uma menina mulher permitir uma nova vida. Uma menina mulher contribui para uma outra menina mulher ser a melhor amiga que alguém pode ter. Uma menina mulher descobre uma super mãe madrasta mulher. Uma menina mulher possibilita uma já mulher tornar-se mãe.

Ser mãe...
Ser mulher...
A vida acontece.
Surge uma nova vida.
Eis o milagre!

Quem ainda não assistiu, assista.

Parabéns Mulheres pela alegria de gerarem vidas!!!

Ana Paula - Professora de Português

Um comentário:

  1. Amei o texto Ana. Deu até vontade de assistir o filme.
    Foi com muita propriedade que você descreveu a beleza da mulher por ser capaz de gerar vidas.
    Parabéns.

    Débora Barbosa

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