quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Pedido de S.O.S

O texto conta a história de um homem que diz estar numa ilha ruim, de crueldade. Mas na verdade ele quer dizer que está na cidade e que seu desejo é ir para uma ilha de verdade, com calma e paz.

Pedido de S.O.S.

E foram felizes para sempre, fim. Essa história a gente sempre ouve, mas não de mim.
Felicidade é o pequeno intervalo entre os capítulos de tristeza.
Felicidade é a gente buscar pra dar a vida uma beleza.
Pra você, felicidade deve ser: ser bem sucedido, andar de carro bonito.
Pra mim, a vida oferece mais coisas do que o dinheiro bendito.
Estou escrevendo um pedido de socorro.
Ou daqui eu saio ou aqui eu morro.
Ilhado, com um mar de tristezas em volta.
Não quero saber da minha vida qual a nota pra esse sentimento que me cerca.
Deixo em alerta o mundo. Deixo minha vida nas mãos da sobrevivência. As condições deste mundo estão em decadência.
No meu chão eu deixo bem claro: essa rotina já me cansou. Meus passos já estão marcados na cidade, sigo eles todos os dias. Mas um dia eu vou desviar os meus passos para os mesmos da alegria.
Como rodeado de tanta gente eu posso estar sozinho?
Escrevo essa carta de SOS pra que ela siga o seu caminho.
Que caia nas mãos de quem tem amor à vida, que caia na mão de alguém que cure o interior da minha ferida.
Na minha atmosfera já não existe ar. Minhas lágrimas descem e evaporam, formam outra camada de tanto eu chorar.
Nessa ilha que separa meu território eu caminho atrás da salvação.
Não saio daqui ou fico na goela de um tubarão.
O único caminho que me sobra é o céu. Me perder no meio daquele azul e deixar de ser o réu. Ainda bem que tenho esse caderno para contar o que acontece nesse inferno.
Eu só quero sair daqui, pois eu sofro perigo. O que eu sinto agora eu classifico como castigo. Agora eu sei o que é lagrima de verdade ao invés das outras lágrimas de crocodilo.
Quem sabe um dia passe um santo avião pra me resgatar, ou minha vida possa aqui mesmo acabar.
Não sei como vim parar aqui, de repente acordei nessa infelicidade.
Tomara que um coco caia na minha cabeça pra eu acordar e sair dessa realidade.
Sem poder me comunicar, sem poder desabafar. Só eu, o chão, o céu e o mar.
Tomara que eu saia desse filme de maldade, dessa ilha de crueldade e vá para uma ilha de verdade.
Prefiro morrer descansado a morrer no trânsito atropelado.
Na ilha vai ser melhor pra mim.
Talvez exista possibilidade de ter um: feliz para sempre, fim!
Sarah Comarela -7º Ano

2 comentários:

  1. Sarah muito bom o seu texto , ficou muito legal , ó está parabéns , nota 10 =D

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